Siarom Selopreih
A vida é poesia efêmera, que pereniza a nossa história.
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Textos
Nívia e o Sol

-Tudo o que eu mais queria – “humanos à milanesa”.
Tudo o que eu mais queria ver longe de mim. Ver, não. Eu queria longe de mim.
Será que as pessoas não se deram conta de que pele de porco é que vira torresmo?
Ah! Você deve estar pensando: - É inveja ! Ela morre de inveja porque é branca. Nívia, totalmente nívea. Quando pega sol fica muito vermelha, torna-se comunista; depois vira barata descascada. Minha pele é branca, branca e branca. E na bronca, vou pra sombra. E já que tenho que ir pra sombra, tem que ser sombra e água fresca, bastante fresca, totalmente gelada.
Curto muito a natureza. Ela lá e eu cá. Nos damos muito bem. É uma convivência muito pacífica. A rebeldia fica realmente por conta do Sol – esse astro maravilhoso, quando desponta no horizonte nipônico – que insiste em me acompanhar. Que exige uma fuga constante. Digna de cenas hollywoodianas ( menos, talvez cenas atlantidianas, mazaropianas...).
Até parece que tenho alguma coisa contra o Sol. Não é verdade. Ele, simplesmente, poderia não existir. Você já pensou nessa hipótese? Já sei. Você vai dizer que sem o dito cujo não haveria vida. Mas que falta de imaginação do Criador! Não poderia inventar um outro ser que fosse tão útil à vida e ao mesmo tempo refrescante?
Falando sério, nada mal um passeio no calçadão à beira-mar. É fascinante a beleza das ondas que descansam sua espuma na areia. A brisa que nos segreda sentimentos, aviva emoções. A contemplação de uma imagem tão generosa, quanto a do mar, traz certa confiança de que viver vale a pena, vale a galinha, o galinheiro...

Aniversário da Nívia em novembro de 2006.
Siarom Selopreih
Enviado por Siarom Selopreih em 12/05/2007
Alterado em 17/03/2011
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